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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Equador 2016

Textos e fotos por Cefas Siqueira

Sempre que pensava em ir ao Equador mudava de planos e ia para outro lugar. Isto por causa da dificuldade de chegar lá. Eram sempre 3 ou 4 conexões até o destino.
Agora, com voos saindo de Brasília e com uma única conexão, ficou mais fácil.
Sou orquidófilo e o Equador é um dos países com maior diversidade de orquídeas do planeta. Meu objetivo era conhecer locais com plantas "in situ", mas não deu certo. Só conheci algumas plantas no Jardim Botânico de Quito. Ainda volto lá para fazer umas excursões especiais para ver orquídeas.

Dracula 


Estive em duas cidades: Quito e Guayaquil. 

Quito é charmosa e quente, como quase todas as cidades sul-americanas de origem espanhola. 
Construída num vale entre montanhas, é mais comprida do que larga. Segundo os locais, tem mais ou menos 50 quilômetros de extensão. Dizem que tem gente que mora nos extremos que nunca foi ao extremo oposto.
O Centro histórico de Quito foi um dos primeiros, senão o primeiro, a ser considerado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. As construções, especialmente as igrejas, como em toda América católica, são espetaculares. Dei a sorte de estar na Praça de São Francisco, uma das mais tradicionais da cidade, durante a realização de uma procissão com mascarados no domingo de Páscoa.

Procissão de Páscoa


Mesmo sendo a cidade tão comprida, não é muito fácil se deslocar de um lado para o outro. O meio mais prático é o bom e velho táxi, que lá nem é muito caro.
O destaque é mesmo para a culinária do país. Come-se muito bem e durante a Páscoa quase todos os restaurantes servem um comida feita à base de creme de milho com legumes chamada Fanesca. 
Dos restaurantes locais lembro-me bem dos que mais me agradaram: o do hotel Casa Gangotena, onde a decoração quase compete com a comida, uma adaptação dos pratos nacionais para a cozinha gourmet, e o Nuema, onde o Chefe manda muito bem nas panelas e também faz releituras contemporâneas da culinária local. Se algum dia um dos leitores for a Quito, procurem por estes restaurantes, pois valem a pena.

Ao fundo à esquerda: Hotel Casa Gangotena. À direita: Palácio Presidencial


Das coisas que mais gostei foi ter conhecido a obra do pintor equatoriano Guayasamín. Existe um museu que expõe sua obra e peças de arte pré-colombianas. Um espetáculo! 

Casa-Museu Guayasamín


Quase ia me esquecendo que o que torna o Equador em um país famoso em todo mundo é que ele tem o mesmo nome da linha imaginária de latidude zero do qual herdou o nome. 
É claro que eles tem um local onde construíram um monumento ao Equador e aonde se pode por os pés nos dois hemisférios. Acredita?

Latitude Zero Norte/Sul - Linha do Equador


Guayaquil é uma cidade portuária pouco charmosa à qual não teria ido se soubesse disso. É suja e eu ainda dei o azar de ter reservado um hotel que era uma verdadeira pocilga. Já me aborreci na chegada e isso quase atrapalhou todo o resto. Muitos dos locais aos quais fui estavam fechados, uma chatice. A única coisa que ainda se salvou foram o Malecón e a parte histórica, Las Peñas, que fica no Cerro de Santa Ana. No alto do Cerro tem uma igreja e um farol antigos.

O Malecón de Guayaquil

Cerro Santa Ana


Foi assim que foi. Se quiser ver mais fotos do Equador...

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