Textos e fotos por Cefas Siqueira
Sempre que pensava em ir ao Equador mudava de planos e ia para outro lugar. Isto por causa da dificuldade de chegar lá. Eram sempre 3 ou 4 conexões até o destino.
Agora, com voos saindo de Brasília e com uma única conexão, ficou mais fácil.
Sou orquidófilo e o Equador é um dos países com maior diversidade de orquídeas do planeta. Meu objetivo era conhecer locais com plantas "in situ", mas não deu certo. Só conheci algumas plantas no Jardim Botânico de Quito. Ainda volto lá para fazer umas excursões especiais para ver orquídeas.
Dracula |
Estive em duas cidades: Quito e Guayaquil.
Quito é charmosa e quente, como quase todas as cidades sul-americanas de origem espanhola.
Construída num vale entre montanhas, é
mais comprida do que larga. Segundo os locais, tem mais ou menos 50 quilômetros
de extensão. Dizem que tem gente que mora nos extremos que nunca foi ao extremo
oposto.
O Centro histórico de Quito foi um dos
primeiros, senão o primeiro, a ser considerado patrimônio cultural da
humanidade pela Unesco. As construções, especialmente as igrejas, como em toda
América católica, são espetaculares. Dei a sorte de estar na Praça de São
Francisco, uma das mais tradicionais da cidade, durante a realização de uma
procissão com mascarados no domingo de Páscoa.
Procissão de Páscoa |
Mesmo sendo a cidade tão comprida, não é muito fácil se deslocar
de um lado para o outro. O meio mais prático é o bom e velho táxi, que lá nem é
muito caro.
O destaque é mesmo para a culinária do país. Come-se muito bem e
durante a Páscoa quase todos os restaurantes servem um comida feita à base de
creme de milho com legumes chamada Fanesca.
Dos restaurantes locais lembro-me bem dos
que mais me agradaram: o do hotel Casa Gangotena, onde a decoração quase
compete com a comida, uma adaptação dos pratos nacionais para a cozinha
gourmet, e o Nuema, onde o Chefe manda muito bem nas panelas e também faz
releituras contemporâneas da culinária local. Se algum dia um dos leitores for
a Quito, procurem por estes restaurantes, pois valem a pena.
Ao fundo à esquerda: Hotel Casa Gangotena. À direita: Palácio Presidencial |
Das coisas que mais gostei foi ter
conhecido a obra do pintor equatoriano Guayasamín. Existe um museu que expõe sua obra e peças de arte pré-colombianas. Um espetáculo!
Casa-Museu Guayasamín |
Quase ia me esquecendo que o que
torna o Equador em um país famoso em todo mundo é que ele tem o mesmo nome da
linha imaginária de latidude zero do qual herdou o nome.
É claro que eles tem um local onde construíram um monumento ao
Equador e aonde se pode por os pés nos dois hemisférios. Acredita?
Latitude Zero Norte/Sul - Linha do Equador |
Guayaquil é uma cidade portuária pouco
charmosa à qual não teria ido se soubesse disso. É suja e eu ainda dei o azar
de ter reservado um hotel que era uma verdadeira pocilga. Já me aborreci na
chegada e isso quase atrapalhou todo o resto. Muitos dos locais aos quais fui
estavam fechados, uma chatice. A única coisa que ainda se salvou foram o
Malecón e a parte histórica, Las Peñas, que fica no Cerro de Santa Ana. No alto
do Cerro tem uma igreja e um farol antigos.
O Malecón de Guayaquil |
Cerro Santa Ana |
Foi assim que foi. Se quiser ver mais fotos do Equador...
OU
Nenhum comentário:
Postar um comentário