Textos e fotos por Cefas Siqueira
Num passado recente trabalhei alguns anos pelo
estado do Tocantins.
Como estava sempre na correria nunca tive
oportunidade de conhecer as belezas daquele Estado. Agora resolvi voltar para
satisfazer minha vontade antiga e estive nos parques estaduais do Jalapão e do Cantão,
na companhia de amigos muito divertidos. VALEU GALERA!
O JALAPÃO
A primeira descoberta da viagem foi que
"Longe é um lugar que existe e que fica perto do, ou no, Jalapão".
O Parque Estadual do Jalapão fica no
extremo Leste do Tocantins e é um destino para pessoas pacientes e chegadas
numa aventura em meio à natureza. É preciso ser paciente, porque os
deslocamentos até os atrativos do parque são bastante demorados. Isso porque os
acessos são todos em estradas de terra ou areia, o que dificulta tudo. Pequenas
distâncias de 25, 30 quilômetros, podem demorar até três horas em veículos 4X4.
Mas sempre vale a pena o sacolejar pelas estradas quando se chega ao destino:
são deslumbrantes.
Acessos do Jalapão |
Quem se aventura por lá também precisa gostar
muito de água, pois quase todos os lugares aonde nos levaram eram
ambientes desse tipo: rios, cachoeiras, praias...
Cachoeira da Velha |
Um mito referente ao Jalapão é o de que se
trata de um deserto. Nada mais errado e enganoso. O ambiente é de Cerrado e a
única área que lembra um pouco um deserto é a região das dunas, que se formam
pela erosão provocada pela ação dos ventos nos costões de uma serra próxima.
Dunas do Jalapão |
A maior surpresa desta parte da viagem ficou
por conta do fervedouro. Você pode ver fotos, ouvir relatos de quem já esteve
lá, mas chegar a um fervedouro é uma experiência deslumbrante e também
desconcertante. É um espetáculo único para quem tem a oportunidade de entrar
num deles. Um fervedouro é um poço de nascente, onde a água jorra das entranhas
da terra com uma pressão elevada, e isso faz com que não se afunde nesses
ambientes. Nem mesmo os mais cheinhos.
Fervedouro da Korubo |
Descemos as corredeiras do Rio Novo de
caiaque e flutuando com coletes salva-vidas e nos acabamos em suas praias
deliciosas.
Preparando pra descer o rio de caiaque |
Praia no rio do Sono |
Sacolejamos pela região durante cinco dias
em companhia do pessoal da Korubo, Adail e equipe. Ficamos hospedados no Safari
Camp, em tendas e camas confortáveis. Tinha até banheiro privativo. Além do que
fomos tratados muitíssimo bem durante todo o tempo. Gente muito profissional e
competente. Todos foram muito gentis e tal, mas merecem destaque os cozinheiros.
Tenho certeza que alguns voltaram pra casa com muitos quilos a mais. Palmas
para todos!
De quem são estas pernas? |
O
CANTÃO
Depois do Jalapão nosso grupo foi levado
para o Parque Estadual do Cantão, no extremo Oeste do Estado, onde ficamos
hospedados num acampamento às margens do rio do Coco, bem próximo da cidade de
Caseara. Desta vez nossos hospedeiros foram Leo e equipe, gente muito boa da CCTrekking.
E tome mais comida gostosa e barrigas cheias.
Situado numa região de transição entre os
Biomas Cerrado e Amazônia, nas proximidades do rio Araguaia, o Cantão tem
encantos em terra e na água. Em tempos de seca, pudemos curtir praias
sensacionais ainda sem muitos turistas por perto. As praias do rio Araguaia são
o destino para muitos paraenses e tocantinenses no período das férias de julho.
Mas demos sorte e chegamos e saímos bem antes do período mais muvucado da
região.
Indo para a praia |
Foram mais três dias de trilhas, de sobe e
desce rio de voadeira, e banhos intermináveis nas águas mornas dos rios do
lugar. Muita conversa foi jogada fora e muita diversão rolou ao redor das
fogueiras. E muito medo dos causos de ONÇA!!!! Tinha gente com medo até de sair
da barraca à noite com medo de virar comida dos grandes felinos.
Tivemos até um atendimento odontológico e
antológico de emergência. Doutora Dila precisa apresentar os resultados em
algum congresso da categoria.
Dra. Dila em ação |
Na volta de Caseara para Palmas rolou uma das mais animadas Discobus da face da terra. Foi o máximo!
Viajar em companhia de outras 19 pessoas,
durante nove dias e não rolar um único atrito, além dos pedidos de silêncio à
noite, foi uma demonstração de muito boa vontade de todos. Obrigado Sérgio,
Catarina, “Senhora” Uldis, “Pitaco” (Patápio, meu companheiro de barracas), Dedé,
Ana, Dila, Gera, Cibele, Cris, Sérgio (a galera do Asilo Mineiro), Gisele, Ana
Luisa, Dudu, Rodrigo, Ângela, Rosângela, Félix! Foi duca viajar com vocês!
Pôr-do-Sol com Dudu |
Até a próxima!
Cefas, que bom saber de você, de suas andanças pela natureza linda. Beijo. Valéria
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