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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Jalapão e Cantão 2016

Textos e fotos por Cefas Siqueira


Num passado recente trabalhei alguns anos pelo estado do Tocantins.

Como estava sempre na correria nunca tive oportunidade de conhecer as belezas daquele Estado. Agora resolvi voltar para satisfazer minha vontade antiga e estive nos parques estaduais do Jalapão e do Cantão, na companhia de amigos muito divertidos. VALEU GALERA!

O JALAPÃO

A primeira descoberta da viagem foi que "Longe é um lugar que existe e que fica perto do, ou no, Jalapão".

O Parque Estadual do Jalapão fica no extremo Leste do Tocantins e é um destino para pessoas pacientes e chegadas numa aventura em meio à natureza. É preciso ser paciente, porque os deslocamentos até os atrativos do parque são bastante demorados. Isso porque os acessos são todos em estradas de terra ou areia, o que dificulta tudo. Pequenas distâncias de 25, 30 quilômetros, podem demorar até três horas em veículos 4X4. Mas sempre vale a pena o sacolejar pelas estradas quando se chega ao destino: são deslumbrantes.

Acessos do Jalapão


Quem se aventura por lá também precisa gostar muito de água, pois quase todos os lugares aonde nos levaram eram ambientes desse tipo: rios, cachoeiras, praias...

Cachoeira da Velha

Um mito referente ao Jalapão é o de que se trata de um deserto. Nada mais errado e enganoso. O ambiente é de Cerrado e a única área que lembra um pouco um deserto é a região das dunas, que se formam pela erosão provocada pela ação dos ventos nos costões de uma serra próxima.

Dunas do Jalapão

A maior surpresa desta parte da viagem ficou por conta do fervedouro. Você pode ver fotos, ouvir relatos de quem já esteve lá, mas chegar a um fervedouro é uma experiência deslumbrante e também desconcertante. É um espetáculo único para quem tem a oportunidade de entrar num deles. Um fervedouro é um poço de nascente, onde a água jorra das entranhas da terra com uma pressão elevada, e isso faz com que não se afunde nesses ambientes. Nem mesmo os mais cheinhos.

Fervedouro da Korubo

Descemos as corredeiras do Rio Novo de caiaque e flutuando com coletes salva-vidas e nos acabamos em suas praias deliciosas.

Preparando pra descer o rio de caiaque



Praia no rio do Sono

Sacolejamos pela região durante cinco dias em companhia do pessoal da Korubo, Adail e equipe. Ficamos hospedados no Safari Camp, em tendas e camas confortáveis. Tinha até banheiro privativo. Além do que fomos tratados muitíssimo bem durante todo o tempo. Gente muito profissional e competente. Todos foram muito gentis e tal, mas merecem destaque os cozinheiros. Tenho certeza que alguns voltaram pra casa com muitos quilos a mais. Palmas para todos!

De quem são estas pernas?


O CANTÃO

Depois do Jalapão nosso grupo foi levado para o Parque Estadual do Cantão, no extremo Oeste do Estado, onde ficamos hospedados num acampamento às margens do rio do Coco, bem próximo da cidade de Caseara. Desta vez nossos hospedeiros foram Leo e equipe, gente muito boa da CCTrekking. E tome mais comida gostosa e barrigas cheias.

Situado numa região de transição entre os Biomas Cerrado e Amazônia, nas proximidades do rio Araguaia, o Cantão tem encantos em terra e na água. Em tempos de seca, pudemos curtir praias sensacionais ainda sem muitos turistas por perto. As praias do rio Araguaia são o destino para muitos paraenses e tocantinenses no período das férias de julho. Mas demos sorte e chegamos e saímos bem antes do período mais muvucado da região.

Indo para a praia

Foram mais três dias de trilhas, de sobe e desce rio de voadeira, e banhos intermináveis nas águas mornas dos rios do lugar. Muita conversa foi jogada fora e muita diversão rolou ao redor das fogueiras. E muito medo dos causos de ONÇA!!!! Tinha gente com medo até de sair da barraca à noite com medo de virar comida dos grandes felinos.

Tivemos até um atendimento odontológico e antológico de emergência. Doutora Dila precisa apresentar os resultados em algum congresso da categoria.

Dra. Dila em ação

Na volta de Caseara para Palmas rolou uma das mais animadas Discobus da face da terra. Foi o máximo!

Viajar em companhia de outras 19 pessoas, durante nove dias e não rolar um único atrito, além dos pedidos de silêncio à noite, foi uma demonstração de muito boa vontade de todos. Obrigado Sérgio, Catarina, “Senhora” Uldis, “Pitaco” (Patápio, meu companheiro de barracas), Dedé, Ana, Dila, Gera, Cibele, Cris, Sérgio (a galera do Asilo Mineiro), Gisele, Ana Luisa, Dudu, Rodrigo, Ângela, Rosângela, Félix! Foi duca viajar com vocês!

Pôr-do-Sol com Dudu


Até a próxima!

Um comentário:

  1. Cefas, que bom saber de você, de suas andanças pela natureza linda. Beijo. Valéria

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