Toronto I
Texto e fotos de Cefas Siqueira
Primeiro dia de Toronto. A cidade é mais horizontal do que vertical, quer dizer, os prédios não são muito altos e na maioria tem 5 ou seis andares. Parece uma cidade que ainda está em construção. É tudo muito novo, e o povo, não dá pra reconhecer quem é canadense ou quem é imigrante. Parece tudo imigrante. Tem gente de todo lado. Da Coréia, do Brasil, tem muito, muito brasileiro falando português pelas ruas.
A impressão que eu tinha no Brasil de que aqui as coisas eram muito caras se confirmou. Toronto é uma cidade realmente muito cara. A comida é cara, a bebida é cara, o hotel é caro. Até o bilhete do metrô é caro. São cerca de R$ 9 pra você fazer uma viagem só de ida.
A cidade é plana, não tem montanhas. Então a gente consegue ver o horizonte de quase todo lugar da cidade. É um pouco como Brasília.
Eu não entendi o que movimenta essa cidade. Não se vê muito comércio pelas ruas, e aparentemente eles vivem de vender serviço.
Mas a cidade é rica, e fiquei num hotel no centro mais luxuoso dela. Há no térreo de onde fiquei uma lojinha da Masserati/Ferrari. Coisa boba.
O calorão que disseram que eu encontraria em Toronto foi por água abaixo. Choveu pra caramba. Ia pra rua e tome aguaceiro.
Toronto II
A cidade é toda muito limpa. Parece que o que move a economia de Toronto e talvez do Canadá todo, é o mercado financeiro. Se considerarmos que o centro financeiro de Toronto é onde estão os maiores arranha-céus da cidade e os aglomerados financeiros todos que tem sede aqui.
Uma curiosidade da cidade, que chama a atenção dos turistas, é a quantidade de galerias subterrâneas. São muitas e tem comércio variado, de farmácia a restaurante, se encontra de tudo. Para um lugar de clima tão severo, com frio tão intenso, as galerias são uma garantia de que a pessoas não sofrerão tanto andando nas ruas nos dias de neve e vento frio.
O Harbourfront, a região que fica na costa do lago Ontário, é onde se concentram os arranha-céus e os principais pontos de interesse pro turismo, como a CN Tower, o Distillery District e o Aquário Ripley, orgulhos nacionais.
Apesar da proximidade, são apenas 65 km de distância de Toronto até Niagara Falls, não tive vontade de ir, e não fui. Como também não tive vontade de ir, e não fui, a nenhum museu. Não aguento mais museus. Acho que já conheço tudo que eu precisava conhecer de museu no mundo. Prefiro ir aos locais aonde as coisas estejam acontecendo ou aconteceram. Só abro exceção para obras de arte.
Teatro ainda curto bastante. Fui a um espetáculo chamado Beautifull, sobre a vida e a obra de Carole King e outros contemporâneos dela. Foi muito legal.
Fui também ao Chinatown de Toronto, mas em que lugar não tem um Chinatown? É dos mais organizados que já vi.
Ia me esquecendo, aqui os restaurantes de self service, de comida a quilo, ficam nos supermercados. Eu nunca imaginei que ia comprar comida num mercado um dia pra comer, pois aqui eu comprei e comi. Eca!
Não fui a nenhum restaurante bom, daqueles que a gente fica com saudade. Tudo comida marrom. A comida é muito cara, como de resto tudo é caro. Fiquei espantado com os preços de tudo.
Vi muito velhinho andando de andador pelas ruas, e alguns hotéis para aposentados. São de primeira qualidade.
Como Toronto não tem muita coisa pra ver, eu também não tenho muito sobre o que escrever. Foi assim que foi.
Uma cidade grande que eu não tinha a menor intenção de conhecer, mas tive a oportunidade de parar aqui e ficar por três dias a caminho do Japão. Valeu a pena.
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