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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Indonésia - Junho de 2015

Texto e fotos de Cefas Siqueira

Chegar ao aeroporto de Jakarta, na Indonésia, vindo de Cingapura, é um choque. É a volta ao terceiro mundo, quase quarto. O aeroporto é simples e já não se encontram pessoas que falem o Inglês com fluência.  A confusão  começou já na imigração, quando o funcionário me informava que eu precisava de visto para entrar no país. Como assim? Fiquei se entender e ele menos ainda, até que veio alguém e me informou que eu precisava pagar por um visto na chegada, Ufa! Menos mal. Fui lá e paguei a taxa e tudo se resolveu. Saí da área de desembarque para ir até o novo local de embarque para Yogyakarta, uma cidade em Central Java, e... Ir para aonde? Fiquei rodando que nem galinha tonta até descobrir que tinha que mudar de terminal. Consegui chegar ao novo terminal a tempo de pegar o voo.  Como na Índia, aqui as pessoas também se sentam no chão do aeroporto à espera da hora de embarque.

Aparentemente viver na Indonésia também não é muito barato. Uma Heineken vale R$ 8. Já está mais em conta.

As pessoas não são muito altas, média tipo 1,50m. Estou enorme e forte. Aliás, aqui tudo é pequeno, os ônibus, os caminhões, as charretes... Já as estradas são estreitinhas, com exceção de Jakarta com suas auto-estradas. Não sei se foram construídas estreitas porque os carros são pequeninos ou se os carros foram projetados pequeninos para caberem nas estradas.
Meu destino foi a cidade de Magelang, em Java Central, a maior ilha do arquipélago indonésio, a mesma ilha onde fica a capital Jakarta.
Estudantes em dia de treino do inglês com estrangeiros

Enquanto tentamos desestimular a captura e o comércio de animais silvestres, aqui existe um movimentado mercado de pássaros. Imaginem um lugar onde se pode comprar de tudo para manter um animal em casa, de gaiolas dos mais variados modelos a alimentos vivos como grilos, baratas, larvas e tudo o mais que você precisar. 
Mercado de pássaros - Yogyakarta - Indonésia

Além dos pássaros vendem também pequenos animais como coelhos, cães e gatos. O mais curioso foi ver os geckos, as lagartixas daqui. Elas são gorduchas e meio cabeçudas. Tem os dentes cheios de bactérias e, por isso,  podem transmitir diversas doenças. Quase ia esquecendo do mais curioso: lá se pode comprar também morcegos. Acreditam? Alguém aí quer ter um morcego de estimação? Perguntei sobre o que fazem com os morcegos e me disseram alguma coisa sobre curar diabetes. Mas tem que comer os bichos. Alguém se habilita? Não entendi direito. 
Morcegos à venda no mercado de pássaros

Magelang é próxima de Yogyakarta, a quarta maior cidade da Indonésia. As ruas do comércio das duas cidades são lotadas de gente, carros, charretes e motos o tempo inteiro, inclusive domingo.
É muita moto na rua, quase igual à loucura que é no Vietnã.

O templo Prambanam em Yogyakarta foi o primeiro que visitei. É um templo Hindu bastante diferente dos que conheci até agora. Trata-se do maior  complexo de templos da Indonésia e lembram bastante os templos de Kajooraho, na Índia, sem os relevos do Kama Sutra. São simples e bonitos.
Complexo de Templos Prambanam

Fui também ao templo Sambisari. Um pequeno e belo templo constuído abaixo do nível do solo ao redor. Dá a impressão de que afundou, mas acredita-se que ele e todo o terreno tenha sido soterrado por cinzas lançadas pelo Vulcão Merapi. 

Templo Sambisari

Falando no vulcão Merapi, só pude vê-lo uma vez, e da janela do meu quarto de hotel, de manhãzinha. A serração aqui é constante em junho. Estive na base do vulcão, fiz uma caminhada nos montes a redor dele, mas nada de avistá-lo. A única coisa que vi foram resquícios da última grande erupção, em 2010, que provocou grandes estragos.

Fiquei hospedado em Magelang, e é lá que fica o templo de Borobudur, um dos mais famosos templos budistas do mundo. Trata-se na verdade de uma grande estupa, o símbolo máximo do budismo, assim como a cruz é para o catolicismo. Uma estupa é o lugar onde se colocam as cinzas dos mortos, pois foi numa estupa que foram colocadas as cinzas de Buda. É considerado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, assim como o complexo de Prambanam.
Templo de Borobudur

Um dos lugares mais interessantes em que estive foi o complexo de banhos do sultão, o Taman Sari. Neste conjunto de piscinas as 48 concubinas do sultão tomavam banho, enquanto o sultão espiava de uma janela no alto e escolhia a parceira do dia, ou da noite. Sultão esperto.
Complexo de Banhos do Sultão

Próximo ao complexo de banho do sultão existe um emaranhado de ruas e túneis de arquitetura ímpar. Ao centro do complexo de galerias existem escadas que se interligam e que lembram muito um desenho de Esher, algo sem fim. Dizem que ali já existiu uma mesquita. O nome do lugar é Taman Sari.
Eu, no Taman Sari

Fiz uma viagem frustrada até o Dieng Plateau, onde dizem haver um templo, uma lagoa colorida e águas quentes. Frustrada porque depois de 3 horas de estrada e faltando apenas 5 quilômetros pra chegar impediram a passagem do carro por causa de um deslizamento de terra que bloqueou a estrada.  Voltei para paraYogyakarta e fui para o mercado popular. Fica pra próxima.

Participei de um rafting no rio Elo, bem tranquilo, nível para iniciantes. Quase perdi minha GoPro. A bicha desprendeu do capacete e caiu no rio, mas consegui pegar antes que afundasse. Mesmo assim foi legal.
Estive um dia em Jakarta. A cidade se parece com qualquer cidade grande do mundo. Deve ser grande inclusive nos problemas. Os mais aparentes são o trânsito insuportável e a poluição do ar, idem. A arquitetura é moderna e os arranha-céus estão por toda a cidade. Dispensável para mim.
Jakarta

Foi assim minha experiência na Ilha de Java, Indonésia.

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