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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Bangladesh 2018

Texto e Fotos de Cefas Siqueira

Bangladesh

Minha ida ao Bangladesh acabou se tornando uma decisão das mais importantes e surpreendentes da minha viagem pela Ásia no ano de 2018.
Bangladesh é um dos países mais populosos e mais densamente povoados do mundo. Imaginem uma população parecida com a brasileira, cerca de 200 milhões de habitantes, num espaço do tamanho do estado do Ceará, mais ou menos.
Esse gigantismo populacional, provoca alguns transtornos para a população em geral. O mais perceptível deles é no trânsito. É impossível se deslocar de um lugar para outro com rapidez. É lento em qualquer direção e em qualquer horário. 
Numa viagem de carro para o interior do país nossa velocidade alcançou a marca de inacreditáveis dez quilômetros por hora.
Outros problemas que acredito que enfrentam, e eu não pude averiguar isso em tão pouco tempo, é no que se refere à alimentação, ao saneamento, ao atendimento à saúde e educação de tanta gente.
No mais, foi só surpresa boa pra mim. A começar por Daca, a capital. A primeira surpresa foi com a modernidade da arquitetura, muito parecida com a modernidade das cidades ocidentais. Ainda levam vantagem por não possuírem arranha-céus. Os prédios são de altura mediana, o que não impede a ventilação da cidade inteira. 
Um detalhe que chamou a minha atenção desde o sobrevoo é que há muitos prédios, muito mais que casas,  por que, pra colocar tanta gente num mesmo lugar é preciso que a cidade seja mais vertical que horizontal, senão, não caberia todo mundo e o território seria ocupado só com residências. Parece exagero, mas creio nisso.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o traçado da cidade e a orientação dos arruamentos, que é muito bem feito, apesar de que o excesso de carros faz com que isso nem apareça muito.
Como de resto em todo o sudeste asiático Daca, e Bangladesh no geral, dispõe de muita água superficial. São muitos lagos, lagoas e rios que fazem com o que a vida do povo seja muito ligada a este elemento. Tanto pra alimentação quanto pra transporte e produção agropecuária.
Os bengalis são grandes produtores de confecções de vestuário, pra tudo quanto é tipo de grife internacional. Dessas que a gente compra no Brasil ou em qualquer lugar do acidente tipo Nike, Adidas ou as grandes e famosos grifes francesas. Isso gera muito emprego e capacidade de sustento para a população local, e muito lucro para os importadores, claro.
Minha vida social em Daca, ao lado de Sandra e João, meus amigos residentes, foi intensa. Tanto que tive que ir para o mercado comprar uma calça mais arrumadinha, uma camisa mais bonitinha, um sapatinho mais ajeitado pra poder frequentar o salões mais chiques da cidade.. Obrigado Sandra! Obrigado João!
Sandra, João, Eu e bengalis

O João já havia comentado comigo da paixão do povo bengali, ou bangla, como são chamados os nativos de Bangladesh, pelo futebol brasileiro. A princípio achei que ele estava exagerando. Mas não. Tivemos a oportunidade de passar um fim de semana num vilarejo próximo a Daca. Pra começar, no trajeto entre Daca e o vilarejo existiam uma grande quantidade de bandeiras brasileiras nos mastros sobre as casas e prédios. Infelizmente, também aqui existe a rixa entre as torcidas do Brasil e da Argentina.  Assim como tem muito bangla que torce pelo Brasil, também tem um bocado que torce pela Argentina. Eu acho que é só pra ser do contra.
No vilarejo pudemos pescar e passear pelo lugar, e é tudo muito parecido com qualquer interior brasileiro. No nosso primeiro passeio caminhando, depois de uma meia hora mais ou menos, tínhamos quase todo vilarejo andando conosco, numa curiosidade tremenda. Principalmente as crianças. Igualzinho no Brasil. Algumas vezes eu me senti um alien. Toda hora tinha que parar pra tirar uma foto com alguém, pra abraçar alguém, pra alguém mostrar a camisa do Brasil. E as crianças quando nos viam, se já não estavam vestidas com uma camisa da seleção brasileira, corriam em casa pra trocar de roupa pra mostrar pra gente. Foi emocionante.
Brasil até o fim

Sandra, Eu e Shaheen

Estivemos neste vilarejo a convite de Sayeeful que nos cedeu sua casa. Obrigado Sayeeful!
Também Fomos convidados duas vezes pra jantar com a senhora Shaheen, nos restaurantes de sua propriedade. Todas as duas vezes foram espetaculares. Obrigado Shaheen!
Também preciso agradecer ao Zilu, à Sadia(?) e ao Moacir, que facilitaram minha vida em Daca.

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